Desde sempre que o ouro motivou a cobiça e o interesse do Homem.
Como adorno. Como símbolo. Como valor financeiro.
Garantindo estatuto. Garantindo poder. Garantindo riqueza.
Gerando enormes movimentos de prospeção, exploração e conquista.
Todos aqueles que o procuraram e por ele lutaram, muito sofreram e muito fizeram sofrer nessas demandas.
Os garimpeiros do séc. XXI não precisam de sofrer.
Bastam-se com o sofrimento dos outros.
Limitam-se a aguardar que a crise lhes envie, como cordeiros, todos aqueles a quem a sorte virou costas.
E que são obrigados a desfazer-se do seu ouro, a troco de mais algum tempo de sobrevivência.
É verdade que o Povo diz "Vão-se os anéis, fiquem os dedos".
E que não choca.
O que choca é a profusão de ofertas.
O que choca é a agressividade da procura.
O que choca é a constância com que se mostram.
Na televisão. Nos centros comerciais. Nos papéis colocados nos carros. Na Net.
Está em curso uma nova corrida ao ouro.
"Compro ouro" invadiu o país.
Sem regras. Sem humanidade. Sem pinga de solidariedade.
Apenas e só cavalgando o sofrimento e a necessidade alheia.
Triste.
Que bem notado, este pormaior do nosso tempo.
ResponderEliminarComo a oportunidade e o lucro fácil com a necessidade alheia cega tantos.
O lucro acima de tudo e o consumismo desumanizante, coisificante da pessoa vão causar o seu próprio colapso enquanto paradigmas da nossa sociedade.
Vamos começar a anunciar "dou tempo e ouvidos"?