sexta-feira, 9 de outubro de 2009

UM NOBEL PREMATURO. MAS UM NOBEL NECESSÁRIO?

Barack Obama, Presidente dos EUA, recebeu o Prémio Nobel da Paz "pelos esforços diplomáticos internacionais e cooperação entre povos".
Do que se conhece da decisão, o Comité do Nobel terá dado "muita importância à visão e aos esforços de Obama com vista a um mundo sem armas nucleares".
Certo é que a Presidência Obama tem menos de um ano, e o Mundo não viu ainda (e dificilmente poderia já ter visto), resultados significativos da vontade, das iniciativas e das propostas do Presidente para a Segurança, a Estabilidade e a Paz globais.
Esta decisão mais parece fundada na necessidade de dar "músculo" externo a um Presidente que está, actualmente, fragilizado pela situação no Afeganistão, pela contestação interna ao seu programa para a saúde e pela não atribuição, a Chicago, da organização dos Jogos Olímpicos de 2016, numa campanha em que se empenhou pessoalmente (perdendo para Lula da Silva e para o Rio de Janeiro). Para além de outras áreas menos bem sucedidas face às expectativas que gerou.
"Músculo" porventura necessário para permitir a Obama passar o seu Rubicão, concretizando, mais tarde, as suas intenções ao nível do desarmamento nuclear, do Médio Oriente, do Irão, do Iraque e do Afeganistão, da relação com a Rússia, do combate ao terrorismo, da estabilização de África, entre outros desafios.
Uma distinção surpreendente. Seguramente.
Uma distinção prematura. Por certo.
Uma distinção necessária. Provavelmente.

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